Gilles Lipovestsky (2004), renomado filósofo da atualidade aponta a era da Hipermodernidade, do vazio, posto que as relações sociais permeiam em torno de si mesmos e para si mesmos.
E é com base no caos do vazio do hipermoderno, que temos a pretenção de percepções direcionadas no âmbito da palavra em criatividade, construindo direta ou indiretamente a relações intertextuais nas produções quer sejam verbais ou verbo visuais, através dos textos orais ou escritos.
Ao escrevermos um texto, acionamos os elementos linguísticos de escolhas lexicais e campos semânticos pertinentes ao assunto abordado.
Não há possibilidade de discorrer sobre sobre futebol, e, no meio da produção ou no final, adiciornar palavras que não se relacionam à produção textual. No conceito do todo textual, as palavras precisam relacionar-se umas com as outras, produzindo uma ordem significativa, e finalizando um todo coerente de sentido.
Exemplo: João adora futebol. Tudo que ele faz esta voltado a esse esporte. Nos fins de semana, ele escreve textos sobre economia.
Na exemplificação, notamos claramente a não organização dos planos significativos, quebrando a hierarquia em que o sentido na direção da produção, no formato textual fica comprometido com a textualidade, pois não houve uma sequência linguística onde os fatores que perpassam o texto, não são apenas palavras soltas.
A elaboração de um texto envolve, frase, orações e períodos, tal estrutura linguística direciona um processo de composição e ordenação de ideias que, suscitam a operação de interferência quanto ao código e o sentido.
quarta-feira, 22 de maio de 2013
sábado, 4 de maio de 2013
Onde está o texto
Um conjunto de palavras não produz uma frase, um conjunto de frases não produz um texto. O emaranhado de palavras transforma-se no texto, quando este produz sentido numa relação interacional das diversas vozes sociais.
Greimas explica o caráter dominante do discurso verbal: "[...] é nele que de fato se traduzem, e é através dele que se tornam comparáveis todas as outras linguagem."
No processo da releitura a uma roupagem de produção autonoma e autoral, a busca pela coerência não está no texto, mas ela se constrói na interlocução. Por isso, um texto pode ser mais ou menos coerente - mais ou menos inteligível de acordo com o conhecimento de mundo de cada interlocutor.
Greimas explica o caráter dominante do discurso verbal: "[...] é nele que de fato se traduzem, e é através dele que se tornam comparáveis todas as outras linguagem."
No processo da releitura a uma roupagem de produção autonoma e autoral, a busca pela coerência não está no texto, mas ela se constrói na interlocução. Por isso, um texto pode ser mais ou menos coerente - mais ou menos inteligível de acordo com o conhecimento de mundo de cada interlocutor.
quinta-feira, 2 de maio de 2013
Efeito da palavra em ação
Brasi de cima e Brasi de baxo
[...]
Inquanto o Brasil de Cima
Fala de transformação,
Industra, matéria prima.
Descobertas e invenção.
No Brasi de Baxo isiste
O drama penoso e triste
Da negra necissidade;
É uma cousa sem jeito
E o povo não tem dereito
Nem de dizê a verdade.
[...]
Meu Brasi de Baxo, amigo.
Pra onde é que você vai?
[...]
(Pataviva do Assaré)
[...]
Inquanto o Brasil de Cima
Fala de transformação,
Industra, matéria prima.
Descobertas e invenção.
No Brasi de Baxo isiste
O drama penoso e triste
Da negra necissidade;
É uma cousa sem jeito
E o povo não tem dereito
Nem de dizê a verdade.
[...]
Meu Brasi de Baxo, amigo.
Pra onde é que você vai?
[...]
(Pataviva do Assaré)
quarta-feira, 1 de maio de 2013
Palavra
Em uma das obras de Clarice Lispector, a autora diz que, para escrever não importa o quê pois o material básico é a palavra.
Assim, a construção do texto remetem palavras que agrupam em frases e destas evola um sentido secreto que ultrapassam palavras e frases . Não eximindo de que, todo escritor, concorrerá com a tentação de usar termos suculentos: como adjetivos esplendorosos, carnudos substantivos e verbos tão esguios que atravessam agudos o ar em vias de ação, já que a palavra é ação.
O movimento das ações através da boa palavra, seja escrita ou falada, a junção do texto não se dá apenas por meio de enfeites, rodeios de vocábulos rebuscados, mais se o escritor tocar o leitor, a isso sim se tornará em ouro.
Assim, a construção do texto remetem palavras que agrupam em frases e destas evola um sentido secreto que ultrapassam palavras e frases . Não eximindo de que, todo escritor, concorrerá com a tentação de usar termos suculentos: como adjetivos esplendorosos, carnudos substantivos e verbos tão esguios que atravessam agudos o ar em vias de ação, já que a palavra é ação.
O movimento das ações através da boa palavra, seja escrita ou falada, a junção do texto não se dá apenas por meio de enfeites, rodeios de vocábulos rebuscados, mais se o escritor tocar o leitor, a isso sim se tornará em ouro.
Assinar:
Postagens (Atom)