quarta-feira, 22 de maio de 2013

A palavra em criatividade

     Gilles Lipovestsky (2004), renomado filósofo da atualidade aponta a era da Hipermodernidade, do vazio, posto que as relações sociais permeiam em torno de si mesmos e para si mesmos.
     E é com base no caos do vazio do hipermoderno, que temos a pretenção de  percepções direcionadas no âmbito da palavra em criatividade, construindo direta ou indiretamente a relações intertextuais nas produções quer sejam verbais ou verbo visuais, através dos textos orais ou escritos.
     Ao escrevermos um texto, acionamos os elementos  linguísticos de escolhas lexicais e campos semânticos pertinentes ao assunto abordado.
     Não há possibilidade de discorrer sobre sobre futebol, e, no meio da produção ou no final, adiciornar palavras que não se relacionam à produção textual. No conceito do todo textual, as palavras precisam relacionar-se umas com as outras, produzindo uma ordem significativa, e finalizando um todo coerente de sentido.
Exemplo: João adora futebol. Tudo que ele faz esta voltado a esse esporte. Nos fins de semana, ele escreve textos sobre economia.
     Na exemplificação, notamos claramente a não organização dos planos significativos, quebrando a hierarquia em que o sentido na direção da produção, no formato textual fica comprometido com a textualidade, pois não houve uma sequência linguística onde os fatores que perpassam o texto, não são apenas  palavras soltas.
     A elaboração de um texto envolve, frase, orações e períodos, tal estrutura linguística direciona um processo de composição e ordenação de ideias que, suscitam a operação de interferência quanto ao código e o sentido.
   

sábado, 4 de maio de 2013

Onde está o texto

     Um conjunto de palavras não produz uma frase, um conjunto de frases não produz um texto. O emaranhado de palavras transforma-se no texto, quando este produz sentido numa relação interacional das diversas vozes sociais.
     Greimas explica o caráter dominante do discurso verbal: "[...] é nele que de fato se traduzem, e é através dele que se tornam comparáveis todas as outras linguagem."
      No processo da releitura a uma roupagem de produção autonoma e autoral, a busca pela coerência não está no texto, mas ela se constrói na interlocução. Por isso,  um texto pode ser mais ou menos coerente - mais ou menos inteligível de acordo com o conhecimento de mundo de cada interlocutor.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Efeito da palavra em ação

Brasi de cima e Brasi de baxo

[...]
Inquanto o Brasil de Cima
Fala de transformação,
Industra, matéria prima.
Descobertas e invenção.
No Brasi de Baxo isiste
O drama penoso e triste
Da negra necissidade;
É uma cousa sem jeito
E o povo não tem dereito
Nem de dizê a verdade.
[...]

Meu Brasi de Baxo, amigo.
Pra onde é que você vai?
[...]
(Pataviva do Assaré)

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Palavra

     Em uma das obras de Clarice Lispector, a autora diz que, para escrever não importa o quê pois o material básico é a palavra.
     Assim, a construção  do texto remetem palavras  que agrupam em frases  e destas evola  um  sentido    secreto que ultrapassam palavras e frases . Não eximindo de que, todo escritor, concorrerá com a tentação de usar termos suculentos: como   adjetivos   esplendorosos, carnudos substantivos e verbos tão esguios  que  atravessam agudos  o ar em vias de ação, já que a palavra é ação.
     O movimento  das ações através da boa palavra, seja escrita ou falada, a junção do texto não se dá apenas por meio  de enfeites, rodeios de vocábulos rebuscados,  mais se o escritor  tocar  o leitor, a  isso sim  se tornará em ouro.